quinta-feira, 26 de junho de 2014

Resistência e Luta dos Trabalhadores em Educação de Goiânia

Os trabalhadores em educação da rede municipal de Goiânia encontram-se em greve desde o dia 26 de maio. Os servidores decidiram retornar a greve que haviam suspendido em 2013. Os motivos são vários, desde o descaso com a educação pública, as péssimas condições salariais e de trabalho e principalmente o não cumprimento dos acordos firmados na greve de 2013.
As pautas de reivindicações imediatas dos profissionais da educação são o cumprimento imediato dos acordos firmados em 2013,  apresentando o calendário de cumprimento deste acordo. Assim como a derrubada do decreto 1248, que atingiu os trabalhadores de toda rede municipal, não só da educação, levando a um corte de salário de vários profissionais. Exigem também a gratificação de 30% retroativa a maio de 2014 para os auxiliares administrativos. Em relação aos professores existe a questão do pagamento retroativo do piso salarial. São cobranças mínimas, porém a prefeitura vem se mostrado  intransigente nas negociações, deixando claro o lado autoritário e  fascista dessa gerência petista.
Apesar da intransigência da prefeitura, o ganho político até então para os trabalhadores está tendo um nível elevado, a greve tem recebido apoio de vários segmentos da sociedade,  como exemplo os trabalhadores da saúde que também estão em greve. Movimentos estudantis independentes também estão apoiando os servidores em greve e participando ativamente da ocupação.
No dia 10 de junho os trabalhadores decidiram ocupar por tempo indeterminado a Câmara Municipal de Goiânia. Em uma ação arbitrária o presidente da Câmara ordenou o corte da água e da luz. Com essa medida, os lutadores se apoiaram mutuamente e contaram com a solidariedade da categoria, improvisando a ocupação com uma caixa d’água e gerador de energia.
 
 
A luta dos educadores em Goiânia é marcada por sua forma independente e combativa. Os profissionais da educação vem traçando esse caminho de forma organizada desde 2010, onde os trabalhadores  insatisfeitos com o sindicato pelego, ligado ao PT, que em nada organizava a classe para lutar por melhorias profissionais  e na educação de modo geral, criaram uma nova alternativa de luta, organizando a classe em um novo sindicato, o SIMSED,  também construindo um movimento pela base, com assembleias abertas dando voz e decisão a todos os envolvidos.
 Esse caminho independente de luta vem ganhando força em todo o país, os sindicatos oportunistas vem sendo atropelados pelos trabalhadores fazendo com que se alastre a cada dia greves de várias categorias, como foi a dos garis no Rio de Janeiro na qual houve o rompimento com o sindicato, que tentou acabar com a greve. Os garis de forma independente continuaram a luta e conseguiram uma importante vitória, com um aumento salarial de 37%. Em ano eleitoral isso reflete na denuncia contra essa farsa que ocorre a cada dois anos, o rechaço pelas siglas eleitoreiras cresce a cada dia e o número de pessoas que deixam de votar ou que votam nulo.
 
 
Todo apoio a justa Ocupação da Câmara Municipal de Goiânia pelos trabalhadores em luta!
Viva a Greve dos trabalhadores em educação de Goiânia!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Abaixo o terrorismo de Estado! Lutar não é crime!

A Greve Unificada dos trabalhadores em educação do Rio de Janeiro, deflagrada no dia 12 de maio, resiste a mais de um mês de forma combativa aos sucessivos ataques desferidos pelas gerências municipal e estadual. Devemos ter plena consciência de que nossa greve se constrói em uma conjuntura nacional de criminalização dos trabalhadores em luta, pois não há outra maneira de garantir a farra da mafiosa FIFA e do PT e sua suja Copa do Mundo no Brasil. Nos últimos meses testemunhamos a intensificação da repressão policial às manifestações e a tentativa de supressão do Direito de Greve, caracterizando a linha dura de perseguição aos que exigem aumento salarial e melhores condições de trabalho e vida.
Diante desse quadro não podemos ceder às pressões e nos desarticularmos, proceder dessa forma é ser conivente com os crimes do Estado e encaminhar a derrota do movimento. Devemos nos espelhar nos exemplos vitoriosos de luta, como nos demonstraram os garis, que frente à ameaça de demissão não se intimidaram, mantiveram a unidade, organização e empreenderam uma resistência até arrancarem suas reivindicações.
O prefeito Eduardo Paes e o governador Pezão tentam nos coibir pelo terrorismo, pretendem nos desmobilizar pelo medo e é por esse motivo que ameaçam de demissão centenas de nós. Porém, essa ação ilegítima revela o tamanho da nossa força, o quanto a greve dos trabalhadores da educação os incomoda e, portanto, pode ser vitoriosa. O Direito de Greve não caiu do céu, foi conquistado após longas batalhas que custaram sangue e suor dos trabalhadores, não será diferente para garantir sua manutenção. Nossa vitória não depende exclusivamente de uma fórmula jurídica, mas sobretudo de uma linha política combativa.

Integrar as manifestações contra a Copa da FIFA!

Neste contexto é fundamental integrarmos nossa luta por uma educação pública gratuita, de qualidade, e que sirva ao povo, a luta contra a copa e a farra da FIFA e do PT. Nossa greve não pode estar descolada do que há de mais avançado neste momento de luta política no país onde, principalmente a juventude combatente, mas também comunidades removidas, operários, camponeses, se unem para lutar contra o estado de exceção criado e a entrega do país a esta entidade e seus patrocinadores.
O Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação conclama todos os educadores, para se somar às lutas contra esse velho Estado e por uma Nova e verdadeira Democracia. Neste momento, em que se fazem cada vez mais graves os ataques do imperialismo contra os povos de todo o mundo, rebelar-se tem sido cada vez mais justo! Exigimos o fim da criminalização da luta popular, liberdade imediata para todos os presos políticos, e a extinção imediata dos processos de demissão!
Viva a combativa greve dos trabalhadores em educação!
FIFA Go Home!

23/06, Segunda-feira - ATO NÃO VAI TER COPA! FIFA GO HOME! 
 
Local: Praça Cardial Arcoverde, Copacabana, às 16h
 
28/06, Sábado - ATO NÃO VAI TER COPA! FIFA GO HOME! 
 
Local: Praça Saens Peña, às 17h

quarta-feira, 14 de maio de 2014

MOCLATE LANÇA NOTA DE APOIO E PARTICIPA ATIVAMENTE DA GREVE DE PROFESSORES NO RIO DE JANEIRO
Por Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate) - moclate.rio@gmail.com
Transformar cada escola em uma trincheira da luta!

Em defesa da educação pública, gratuita e que sirva ao povo!
Na greve do ano passado ficou claro que sem combatividade não é possível pressionar o governo. As greves da educação por muito extensas que sejam, afetam minimamente o governo. Não são como uma paralisação numa indústria ou no transporte público que trazem grande impacto econômico. Ao contrário, são facilmente utilizadas pela manipulação demagógica dos governantes e usada como chantagem por essa imprensa venal, os quais se apresentam como hipotéticos defensores do direito do povo à educação.
Precisamos potencializar nossa greve, que teve início em 12 de maio, com a ocupação da administração e de todas as atividades da escola, transformando cada uma delas na nossa base principal de organização. Para isto ela tem que ser um ponto de mobilização e organização de professores, funcionários, estudantes e pais, enfim uma Assembleia Popular na defesa da escola pública. Manter a escola fechada durante nossas greves nos enfraquece, pois nos distancia do que deve ser nosso principal apoio, enquanto os agentes do Estado reacionário e os monopólios de imprensa trabalham para desinformar e confundir a população
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Além de massivas e combativas manifestações de rua, devemos ocupar as escolas para dar aulas às crianças e jovens e realizar assembleias com a comunidade, explicando e informando a todos a real situação do ensino e dos trabalhadores (professores e outros servidores), a situação do país, a politicagem oportunista dos “políticos” e de seus partidos eleitoreiros demagógicos e mentirosos, realizando enfim toda a denúncia sobre este Estado e seu caráter de classe opressor e explorador do povo trabalhador. Cada escola pública, uma a uma, deve ser o centro de nossa organização.
E por fim é preciso que sigamos o exemplo das massas populares, principalmente as das favelas, que estão se rebelando todos os dias contra a violência policial e o velho Estado. É necessário ultrapassar os limites que esta ordem reacionária nos impõe defendendo e praticando o direito do povo à rebelião, devemos demonstrar para nossos alunos que a Rebelião se Justifica!
Não vai ter copa!

Rebelar-se é Justo!

Viva a luta Classista e Combativa!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Todo apoio a greve unificada dos professores do Rio de Janeiro


Após seis meses da última vigorosa jornada de lutas da educação pública, os trabalhadores em educação das redes estadual e municipal de ensino do Rio de Janeiro entraram em greve nesta segunda-feira, 12 de maio. A decisão foi tomada em uma massiva assembleia na última quarta-feira (7). 


 
 
As principais reivindicações dos trabalhadores em educação são 20% de aumento, um terço de tempo para o planejamento de aulas, mais concursos e diminuição da carga horária para 30 horas para os funcionários.
Na mesa da assembleia, e lugar de destaque, estava fixada uma grande faixa com os dizeres “Não vai ter copa!”
A última greve dos trabalhadores em educação do Rio foi um grande exemplo, haja vista sua combatividade e massividade. No dia 07 de outubro de 2013 ocorreu uma manifestação em apoio à luta com mais de 70 mil pessoas. Uma das marcas da greve foi à intensa aproximação das bandeiras de luta da categoria com os anseios da comunidade escolar (pais, alunos e funcionários) e a fusão da luta em defesa do ensino público com a juventude combatente nas ruas.



 

A greve de 2013 deve também ser um espelho para a presente luta e os trabalhadores em educação do Rio devem intensificar o trabalho em cada escola, convocando a comunidade de cada escola para debater os reais problemas do ensino público, aliando a manifestações e ocupações de prédios públicos para arrancarem as conquistas necessárias.
Nós da Liga Operária e do MOCLATE - Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação reforçamos o nosso apoio incondicional aos educadores do Rio de Janeiro em luta e conclamamos a necessidade da luta unificada de professores, funcionários, pais e alunos contra a destruição do ensino público e pela valorização da escola pública.


Não vai ter copa!

Viva a luta classista e combativa!

sábado, 10 de maio de 2014

TRABALHADORES DE ALTO ALEGRE DOS PARECIS MANTÉM GREVE



Os trabalhadores do serviço público municipal de Alto Alegre dos Parecis, na Zona da Mata de Rondônia, seguem em greve geral denunciando as péssimas condições de trabalho, inúmeras irregularidades na administração municipal e exigindo reajuste de salário. A greve que iniciou em 25 de março de 2014 sem que o executivo municipal apresentasse uma proposta razoável aos trabalhadores.






Diferente das centrais pelegas que “comemoram” como dia de festa e sorteio de carros e outros atrativos para enganar os trabalhadores, a categoria dos trabalhadores municipais organizou grande manifestação para celebrar o 1º de Maio de 2014, resgatando o verdadeiro significado desta importante data na história de luta dos trabalhadores de todo o mundo. Após manifestação, ocorreu uma palestra com a Prof. Dr. Marilsa Miranda de Souza, do Centro de Estudos e Pesquisas Marxistas em Educação e História na Amazônia – CEMEHIA/UNIR, do Campus de Rolim de Moura, que expôs a história do 1º de Maio e as lutas atuais dos trabalhadores no Brasil, dentre elas as mobilizações contra a Copa do Mundo e a luta por uma educação do campo de qualidade.
A greve dos trabalhadores municipais de Alto Alegre iniciou em março após sucessivas promessas do executivo que desde 2013 informou que neste ano iria fazer a reposição de 31,67% de perdas salariais. A pauta de 19 itens ainda inclui a denúncia das péssimas condiçõe
s de trabalho nas escolas, postos de saúde e outras áreas. Outra denúncia feita pelos grevistas ao Conselho Estadual de Educação são as inúmeras irregularidades nas escolas, dentre elas a falta de salas de aula, escolas que não estão funcionando, irregularidades em relação a cargos comissionados do prefeito não habilitados para a docência e que sequer cumpre a jornada de trabalho.
Nós do Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE saudamos a coragem e a combatividade dos municipais de Alto Alegre dos Parecis, que como outras iniciativas em outras regiões do Brasil, rompem com o oportunismo das direções pelegas que pautam suas lutas pelo calendário eleitoral fazendo das greves e mobilizações, espaço para trampolim eleitoral, daqueles que seguem retirando direitos, reprimindo trabalhadores e criminalizando as lutas sociais no campo e da cidade.
É de urgente necessidade trazer para a pauta de nossas mobilizações o verdadeiro caráter classista, denunciando as práticas corporativas e eleitoreiras daqueles que utilizam a máquina sindical e a organização dos trabalhadores como apêndice dos governos de plantão. Sigamos o exemplo da greve dos garis do Rio de Janeiro, que romperam com todo o oportunismo e arrancaram importante vitória para sua categoria. Em Alto Alegre a luta seguirá vitoriosa mobilizando pais, estudantes e comunidade em geral contra os desmandos e denúncias de corrupção do prefeito que age como senhor feudal! Só a mobilização popular garante a vitória! Sigamos firmes na luta!

A GREVE É GERAL!

CONTRA O FASCISTA PREFEITO MUNICIPAL!

Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE
Rondônia

quinta-feira, 17 de abril de 2014

SEMINÁRIO EM ROLIM DE MOURA DEBATE
OS 50 ANOS DO GOLPE DE 1964

O Grupo de Pesquisa Centro de Estudos Marxistas em Educação e História (CEMEHIA), da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Campus de Rolim de Moura, promoveu ontem, 03 de abril, o seminário “OS 50 ANOS DO REGIME CIVIL-MILITAR DE 1964: Ditadura fascista e resistência popular no Brasil contemporâneo” e reuniu em dois turnos, cerca de 480 participantes.

O evento ocorreu no Teatro Francisca Verônica, contou com o apoio da Secretaria de Educação (SEDUC) e teve a participação de professores e estudantes de ensino médio de Rolim de Moura. A programação incluiu palestras, debates, exposição fotográfica e exibições de curtas-metragens.  O objetivo foi debater sobre o regime fascista gerenciado pelos militares no país com severas restrições a todas as liberdades democráticas, perseguições, prisões, torturas, censura, execuções sumárias e desaparecimentos forçados contra milhares de revolucionários, democratas e todos aqueles que ousavam questionar o regime.

Um dos temas abordados foi a ausência de punição para os torturadores naquele período e as ações do atual Estado antidemocrático que segue utilizando de prisões, torturas, assassinatos e desaparecimentos forçados contra os pobres de uma forma geral e, particularmente, contra aqueles que lutam por seus direitos. Outro aspecto abordado, além da temática historiográfica foi o de identificar as “marcas” atuais da ditadura, presentes na atualidade. Professores propuseram que se deve haver uma campanha para conscientizar a população sobre o fato de escolas, praças e até cidades homenagearem ditadores brasileiros, como é o caso do município Presidente Médici em Rondônia.



Os debatedores foram os professores Carlos Alexandre Barros Trubiliano (Departamento de História/UNIR – Campus de Rolim de Moura), Márcio M. Martins (CEMEHIA/UNIR) e professor Leandro Souza (SEDUC/Rolim de Moura). A Banda de Rock Donnalice fez uma intervenção musical com canções de Chico Buarque e outros artistas que criticaram a ditadura civil-militar.

A coordenação do grupo de pesquisa CEMEHIA é composta pelos professores Marilsa Miranda de Souza, Paulo Aparecido Dias da Silva, Márcio Marinho Martins, Maria Aparecida da Silva e José Aparecido da Cruz, além de diversos estudantes de Pedagogia e História.

Fortalecer o campo classista na luta pelo ensino público

MOCLATE – Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação

Nos dias 17, 18 e 19 de março, trabalhadores em educação das redes municipais e estaduais de todo o país realizaram uma paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). 

As paralisações em diversos estados e centenas de municípios aconteceram no momento em que a educação e demais serviços públicos essenciais à população sofrem ataques de todos os governos. Os professores, demais funcionários da Educação e milhões de crianças e jovens são as primeiras vítimas desta política do velho Estado que não se cansa de falar em “prioridade da Educação” ao mesmo tempo em que aumentam seus ataques contra o ensino público, com cortes nos orçamentos, arrocho salarial, privatização do ensino público, desvio de verbas da Educação para o ensino privado e empresas capitalistas. Todas as semanas há anúncios de cortes de bilhões nos orçamentos com o claro intuito de atender aos interesses dos imperialistas como no caso da farra da Copa da FIFA.

Temos presenciado nos últimos tempos greves combativas deflagradas em outros setores, como os garis no Rio de Janeiro; os operários nas obras do Comperj, também no Rio; os Rodoviários em Porto Alegre, e os próprios trabalhadores em educação nas greves massivas e radicalizadas deflagradas no ano passado – todos esses movimentos realizados de forma independente das direções pelegas e vendidas dos sindicatos e centrais governistas.

Fatos como esse tem se multiplicado em todo o país, particularmente a partir de junho do ano passado a juventude combatente se levantou em protestos multitudinários em todo o país abrindo caminho para a deflagração de novos protestos e lutas combativas no campo e cidade.

A “mobilização nacional” convocada pela CNTE foi anunciada em janeiro após o Ministério da Educação (MEC) anunciar a atualização do piso salarial nacional em míseros 8,32%, sendo este índice a “nova” estimativa de custo aluno do FUNDEB para 2013. É justamente esse índice que serve de teto para achatar a correção do piso salarial do magistério em 2014. De acordo com os mecanismos apontados pela Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, a previsão de atualização deveria ser de 19%, ou seja, ficou configurado um verdadeiro golpe da gerência Dilma em conluio com governadores contra os trabalhadores em educação.
Mas apesar da direção oportunista e governista da CNTE/CUT que convocou mais uma paralisação nacional com claro propósito eleitoreiro, os trabalhadores em educação empreenderam ações combativas em alguns estados, independentes das direções pelegas, rompendo a crosta do oportunismo, dando vazão ao grito de revolta da categoria, sob influência e fundindo-se aos protestos populares que ocorrem em todo o país. Em Curitiba, os trabalhadores da rede municipal decidiram, em assembleia realizada no dia 19 de março, pela continuidade da greve no município por tempo indeterminado. Os educadores de Alagoas decidiram pela continuidade das paralisações também nos dias 20 e 21 de março. Por outro lado, em São Paulo, onde concentra o maior número de trabalhadores em educação do País, a direção da APEOESP sabotou a greve convocada pela própria Central ao qual é filiada, escancarando seu histórico pelego e oportunista.

A greve nacional dos trabalhadores em educação não deve romper o círculo de ferro das “mobilizações nacionais” domesticadas, com balões, narizes de palhaço e marchas a Brasília. A luta em defesa do ensino público, gratuito e a serviço do povo deve partir das mobilizações nas escolas, da união entre professores, funcionários, estudantes e pais de alunos, seguindo o exemplo apontado pela juventude e nosso povo em luta, com bloqueios de rodovias, ocupações de prédios públicos e, particularmente, greves de ocupação nas escolas, transformando-as em trincheiras de resistência.