A
persistência do analfabetismo
Um
relatório divulgado recentemente pela Unesco aponta que o Brasil
aparece em 8° lugar entre os países com maior número de
analfabetos adultos.
Segunda
o último levantamento do IBGE, através da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad), são 13,2 milhões de analfabetos
(entre a população com mais de 15 anos) no país.
Uma
pesquisa realizada em 2001, ainda durante o criminoso governo de FHC,
realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, apontou os assustadores
dados: analfabetos adultos 11, 5 milhões, nível rudimentar 40,5
milhões, nível básico 90, 7 milhões e nível pleno 50,2 milhões.
Passados quase 13 anos e mais de uma década com o Partido dos
Trabalhadores no poder central do velho Estado, a população
brasileira aumentou e cresceu também os números em todos os níveis
de aprendizado levantados em 2001, ficando o nível chamado “pleno”
estável.
Não
podemos descartar os dados. As gerências de turno só gostam de
utilizá-los quando lhes é favorável. Os oportunistas do PT e seus
asseclas (pecedobê e companhia) viviam criticando as outras
gerências do Estado Brasileiro pelo fato de nos períodos desses
governos mais de 75% da população ser considerada de analfabetos
funcionais. E agora? Como vão justificar o injustificável, à
medida que dados levantados pelos próprios órgãos dos governos
apontam que esse número aumenta a cada ano.
E
nas campanhas da farsa eleitoral eles sempre apontaram os
diagnósticos para o problema: “É preciso
investir massivamente na educação e formar adequadamente nossos
professores, blá, blá, blá...”.
Assumiram a gerência do imperialismo no país e seguiram a risca a
cartilha de sangria desatada das riquezas da nação, da violação
dos direitos trabalhistas e previdenciários e da matança de pobres.
Arrotam
que a vida do povo brasileiro melhorou, que a “democracia” foi
aprofundada e que existe agora uma nova classe média que come três
refeições por dia, mas basta surgir dados de pesquisas com essa do
Pnad para constatar que tudo não passa de maquiagem e distorção da
dura realidade que está submetida parte considerável dos
trabalhadores brasileiros.
Não é possível democratizar a educação sem antes
transformar radicalmente as estruturas da sociedade. A luta para
superar o analfabetismo alcançará êxito quando for parte da
politica de um verdadeiro Estado Popular e não desse Estado da
burguesia e do latifundiário que quer manter o povo trabalhador
analfabeto, oprimido e explorado.
A
persistência de uma taxa de analfabetismo considerável e o absurdo
número de analfabetos funcionais revelam marcas profundas da
semifeudalidade no país. Contudo, ao mesmo passo que lutamos pela
destruição do velho Estado, por uma democracia popular, precisamos
também organizar as lutas em defesa do ensino público, gratuito e a
serviço do povo. Fazer das unidades de ensino genuínas trincheiras
de resistência, unindo professores, funcionários, pais e alunos na
exigência de maiores investimentos e valorização dos salários dos
profissionais em educação e sobretudo, que os filhos e filhas das
classes trabalhadoras tenham o direito de aprender.
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