Resistência e Luta dos Trabalhadores em Educação de Goiânia
Os trabalhadores em educação da rede municipal de Goiânia encontram-se em greve desde o dia 26 de maio. Os servidores decidiram retornar a greve que haviam suspendido em 2013. Os motivos são vários, desde o descaso com a educação pública, as péssimas condições salariais e de trabalho e principalmente o não cumprimento dos acordos firmados na greve de 2013.
As pautas de reivindicações imediatas dos profissionais da educação são o cumprimento imediato dos acordos firmados em 2013, apresentando o calendário de cumprimento deste acordo. Assim como a derrubada do decreto 1248, que atingiu os trabalhadores de toda rede municipal, não só da educação, levando a um corte de salário de vários profissionais. Exigem também a gratificação de 30% retroativa a maio de 2014 para os auxiliares administrativos. Em relação aos professores existe a questão do pagamento retroativo do piso salarial. São cobranças mínimas, porém a prefeitura vem se mostrado intransigente nas negociações, deixando claro o lado autoritário e fascista dessa gerência petista.
Apesar da intransigência da prefeitura, o ganho político até então para os trabalhadores está tendo um nível elevado, a greve tem recebido apoio de vários segmentos da sociedade, como exemplo os trabalhadores da saúde que também estão em greve. Movimentos estudantis independentes também estão apoiando os servidores em greve e participando ativamente da ocupação.
No dia 10 de junho os trabalhadores decidiram ocupar por tempo indeterminado a Câmara Municipal de Goiânia. Em uma ação arbitrária o presidente da Câmara ordenou o corte da água e da luz. Com essa medida, os lutadores se apoiaram mutuamente e contaram com a solidariedade da categoria, improvisando a ocupação com uma caixa d’água e gerador de energia.
A luta dos educadores em Goiânia é marcada por sua forma independente e combativa. Os profissionais da educação vem traçando esse caminho de forma organizada desde 2010, onde os trabalhadores insatisfeitos com o sindicato pelego, ligado ao PT, que em nada organizava a classe para lutar por melhorias profissionais e na educação de modo geral, criaram uma nova alternativa de luta, organizando a classe em um novo sindicato, o SIMSED, também construindo um movimento pela base, com assembleias abertas dando voz e decisão a todos os envolvidos.
Esse caminho independente de luta vem ganhando força em todo o país, os sindicatos oportunistas vem sendo atropelados pelos trabalhadores fazendo com que se alastre a cada dia greves de várias categorias, como foi a dos garis no Rio de Janeiro na qual houve o rompimento com o sindicato, que tentou acabar com a greve. Os garis de forma independente continuaram a luta e conseguiram uma importante vitória, com um aumento salarial de 37%. Em ano eleitoral isso reflete na denuncia contra essa farsa que ocorre a cada dois anos, o rechaço pelas siglas eleitoreiras cresce a cada dia e o número de pessoas que deixam de votar ou que votam nulo.
Todo apoio a justa Ocupação da Câmara Municipal de Goiânia pelos trabalhadores em luta!
Viva a Greve dos trabalhadores em educação de Goiânia!